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Publicado o 2021-11-16

A natureza como forma de vida. A erva, o vento, e também as pulgas, claro. A casa como lugar de refúgio. Ese animal totémico. Esa casa da que já falara Castelao. E neste caso, que melhor lugar que a casa do cam? Vídeo: Zeltia. Instagram: _zeltia Letra: Na cas de Tróski Si. Tenho tantas ganas de ser cam... E enterrar todas as merdas que me doerom mais. E deixar que o destino me arrinque a roupa até ficar em mim. Como a casa: Sincera, aberta. Tal como a ves. E ladrar toda a noite até ficar sem voz Si. E fazer da casa de madeira a minha mansom. E ouvear que já som como o príncipe aquel de Berlai. E poder achegar-me e poder-te cheirar. Alasar de correr e correr e correr e correr. E lamber-me a sardinha pensando em ti. Porque agora mesmo prefiro a erva, e o vento a passar. Porque agora mesmo eligo as pulgas e o fresco do mar. Si. Tenho tantas ganas de ser cam e brincar com aquel raposinho ao que um canalha de merda lhe matou a mãe. E contar-lhe: Nom te fies da gente, sem eles, o mundo há virar E ladrar toda a noite até ficar sem voz . Si. Atrever a ençoufar-me da vida sem medo a cair, E morder... Se mordim, bem sabes meu neno, só polo teu bem, E ouvear: Tanto tem se há Deus ou dinheiro, ou nom há. E lamber-me a sardinha pensando em ti. Porque agora mesmo prefiro a erva, e o vento a passar. Porque agora mesmo eligo as pulgas e o fresco do mar.

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