Canção-homenagem ao Miudinho e às "tabernas culturais" tal como descreveu Alexandra Fisteus no seu "Réquiem polo pataca". Se esmorece a cultura da cantina em favor de lugares com menus e bebidas plastificadas propriedades de fundos de inversão, esmorecerá também parte da nossa história e iremos ficando sem o abrigo de aqueles sítios que nos permitiam cantar, tocar, voar, sonhar… Videoclip de Alfonso Zarauza: "...Quería que isto fose un videoclip todo a ritmo lento e cadencioso, caminhando por umha Galiza inconcreta pero real, húmida e bébeda". Cámara, fotografia e pós-produção: Joserra LaEsponja. Como Sue Ellen Fixo a vista ao teu andar Que esforço em me manter de pé Todo me dá voltas, a canção que me acompanha, os momentos que quigem voar Movo as pedras ao avançar gente que me vê no chão E teimam os valos que querem abraçar-me resigno-me e levo-os da mão E vou para adiante, a curva é o meu lugar E vou para adiante, levo caído tanto, que mais dá! E vou para adiante, se chego à cama já ganhei E vou para adiante, amanhã hei beber água, ou não Hoje à noite não vou dormir não sei quantas levo assim abraço-me à almofada, suspiro com a tua saia A noite aguarda por ti. Viajo da taberna ao bar hoje é festa no lugar berrando o miudinho, em cada esquina um amigo aprendim de ti a voar. E vou para adiante, a curva é o meu lugar E vou para adiante, levo caído tanto, que mais dá! E vou para adiante, se chego à cama já ganhei E vou para adiante, manhã hei beber vinho, outra vez.